A Poesia do Poeta do Caos

Eis aqui o que digo 
Eis que odeio ainda sim
Meus sonhos foram quebrados pela realidade 
Maldita ilusão 
Desiludido vivi
Infeliz, infeliz sou
Vida esta que pouco me agrada 
Pensamentos estes que poucos entendem
Não é sobre não gostar de viver
Pois sou apaixonado pela vida
Não é sobre não querer viver
E nem sobre não entender a vida
Mas como poderia eu explicar 
E ninguém entender ?
Se Cada um cria sua própria versão da verdade 
Se digo digo digo, e de tudo se distorce 
Se pouco me atrai o convívio 
Seria pelo a acaso de pouco me entender 
Como quer que entenda outro alguém?
Se me pouco sugava já a energia
De muito me mataria estar ali presente momento 
Era eu solitário quando não queria por escolha própria e assim estive
Mas quando pude escolher a solidão como alternativa 
Era eu o mais solitário 
Pois havia amigos, mas poucos via 
Havia lugares para ir
Mas pouco frequentava
Se em minha própria presença há dilemas eternos
Imagine compartilhar tais coisas com qualquer que seja
Se a solução depende de mim
A interação sobre essas ideias eu recuso
Se deva eu descobrir a verdade sobre mim
Que assim fosse, e se tivesse que ir sozinho
Até onde eu diria, até onde eu iria 
Irei um pouco além 
Mas se de todos os meus passos
Ao tentar fazer o certo 
Tenho errado o suficiente 
Para me afogar em pecados que nem cometi
Vi minha jornada dobrando de tamanho
Minha saúde Fugindo da luz
E meus amigos, que pensaram que fosse pessoal 
E eu só não queria me tornar mal 
Escolhi por conta própria ser só 
E poderia fazer o inverso 
Mas o inverso custaria tão caro 
Não tenho como pagar tais preços 
Se entender a realidade pudesse trazer 
Tal infelicidade 
E se tal ilusão pudesse me mandar para um caixão 
E se todas as escolhas fossem ruins
Como poderia eu criar uma apropriadamente boa?
Se ainda vivesse mesmo sem viver
E morresse sem nascer
Como me chamaria
E até que ponto tentaria chegar 
Incrível que inclusive a rotina de cada dia
Me mata 
Sem nada de especial 
Nem por fora
Nem pela parte interna
Não me surpreende que poucos são os que acreditam quando digo
Imagino eu e duvido, por qual sentido duvidam ?
Não seriam tais fatos reais ?
Que fantasias se assemelham ?
É somente um mundo comum 
E mais uma vida normal
Porém ser eu mesmo sem saber quem sou
Sendo diferencial
Até que ponto me diferenciaria do próprio mal?
E se por mentiras e injustiças me matam aos poucos 
Como poderia eu ser o seu dono?
Não quero mais escrever 
Não quero mais ler
O suficiente era viver
Mas nessa nefasta realidade 
Olha só a maldade 
Sobreviver ao caos 
Morrer escravizado 
Sistema Imundo deste mundo 
Nunca quis nada disso 
Mas não muda o fato de precisar
Pessoas procuram sua felicidade em coisas e pessoas
Neste mundo 
Mas eu não 
Minha felicidade está aí 
Em algum lugar 
No próprio ar 
Ou no meu pensar
Não sei como nem onde procurar 
Muito menos se ei de encontrar 
Mas se quer ouvir
Nem ouça mais
Existem coisas mais legais por aí 
Sem que precise se desdobrar igual 
A mim, escrevendo e tentando entender 
Por qual motivo ei de viver
E pelo que adiantaria morrer?
Quais ideias valem uma vida ?
Nenhuma poderia ser
Ideias malditas 
Ideias sem sentido
Criticam a minha poesia
Já me roubaram a alegria
Oh tristeza apodreceu minha natureza
Alteza, a quem procuro
A quem me curas
Deus meu Senhor a quem clamos para que ouça me
A quem quero ouvir 
Quem quero  conhecer
Seria injusto o que te peço?
Seria egoísmo o que vivo?
Frustrado 
Com os sentidos desfigurados 
Perdido e afastado por aí andando 
Lugares longínquos
E a minha própria casa 
Onde estiver 
E para onde for 
Onde estiver indo
Onde achar uma flor 
Espinhos abaixo da pétala 
Minhas mãos irão se machucar 
Mas se for para a bondade restar
Eis me que lá quero estar 
Se Deus sempre está certo
Me preocuparia se estivesse contra ele ?
Me preocupo não mais se ele está a meu favor 
Oh dor 
Durante tempos te chamei de amor
As mais belas rosas também murcham 
Os mais belos perfumes desaparecem 
Os mais belos dias acabam
Os melhores por do Sol nunca serão vistos
Efêmero somos nós 
Que sem viver
Duvidamos de quem se vive 
Qual coragem foi usada?
Que fardo pesado carregou
Creio que não o suficiente 
Não uma cruz 
Se nós pudéssemos fazer com que possamos viver mais uma vez
Outra vez 
Jurado ainda do primeiro amor
E quem disse que esperaria
E o suficiente esperei
Por vidas e idas
Eternidades Infinitas 
Desatino do Destino
Infinda mentira
Infundável verdade 
Sem fundos da Realidade 
Como um antigo cordel
Olhava para o Céu 
E em ti pensavas 
Cada noite calada 
Monte em escalada 
Para mais próximo de uma estrela chegar
Se a própria poesia deixa de falar
Sou eu um poeta que ao certo não soube amar ?
Sou ainda poeta ou um cara que escreve ?
Se meu amor nunca teve fim
Nunca direi diferente de mim
Eis que digo 
E agora escuto
No escuro e enquanto mudo 
Mudo ao falar 
Mudo ao mudar
Mudar o cego 
Visão do criador 
A quem poderia chamar 
Para sobre algumas coisas conversar 
Que a própria verdade seria 
E a mentira, nem existiria 
Momentos aqui 
Momentos ali
Busco fora do efêmero lamento de viver
As pequenas mudanças diárias
Os erros cometidos 
As pessoas que se odeiam mas se amam
As pessoas que se amam mas não deixam de odiar 
Aquelas que tem arrependimentos
Outras e seus tormentos 
Tormenta a distância 
Tormenta circunstância 
Se pudesse saber de tudo isso no início mudaria algo?
E a quem tanto escrevo 
Estaria disposto a ler ?
Algumas rimas e frases
Fases de uma pessoa
Que ecoa por letras de um poeta 
Poetando o caos do seu mais íntimo pensar 
E se não pudesse a mim mesmo sondar 
Quem diriam Oh imaginar 
Sabe ela que sabe tantas coisas que não sabe 
Sabe ele que não sabe tantas coisas que sabe 
Então a quem salvei 
Quem me salvará 
Quando o tempo chegar ?
Sempre me disses sobre tais finais 
E nunca são os mais legais
Nós nunca vamos além do que outro início 
Já até virou vício 
Odiamos quando acaba 
Pois isso nos lava na podridão do cinza em nossos olhos
Tudo que acaba 
Por si mesmo entristece 
Aquilo que começa 
Os olhos ainda brilham 
Seria que tais coisas ainda pensa ?
E se pensasse em mim, como uma nova versão de alguém que morreu
E esse sou eu ?
Mas quem és ti?
Ao final 
Tanto falei 
Tanto pensei 
Mas agora 
Oh raios que partam esse mundo 
O que farei ?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quem é Lincoln Daniel ?

O Gato Existencial

Solitários